O passado, uma vez vivido, entra em nosso sangue, molda o nosso corpo, escolhe as nossas palavras. è inútil renega-lo. As cicatrizes e os sorrisos permanecem. Os olhos dos que sofrerão e amaram serão, para sempre, diferentes de todos os outros. Resta-nos fazer as pazes com aquilo que já fomos, reconhecendo que, de um jeito ou de outro, aquilo que já fomos continua vivo em nós, seja sob a forma de demónios que queremos exorcizar e esquecer - sem sucesso, seja sob a forma de memórias que preservamos com saudade e nos fazem sorrir com esperança.
Muito mais difícil que lembrar é esquecer!!!
Esquecer para se lembrar do esquecido.
È preciso ter olho novo para ver as coisas velhas de maneira diferente.
Rubem Alves
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